Aqui ficam algumas imagens (pela objetiva do professor alberto Vale) do primeiro dia de oficinas
domingo, 8 de dezembro de 2013
Eu sou Tu em Fitares
A oficina “Eu sou tu” serve de pretexto para uma tarefa fantástica que decorre neste Outono no agrupamento de escolas de Fitares (Sintra): partilhar uma metodologia própria do trabalho com alunos com necessidades educativas especiais com toda a comunidade educativa. Estamos todos empenhados: professores, assistentes operacionais e, claro, o mediador. È muito gratificante contar com o apoio ativo da direção do agrupamento. Afinal os recursos que utilizamos com os nossos meninos e meninas especiais podem ser utilizados na sala de aula, potenciando aprendizagens de modo não formal…é só usar a imaginação. A educação artística pode dar uma boa ajuda à educação formal. Vamos ter que ir avaliando o que vai sucedendo sessão a sessão; esta é uma oportunidade que não se pode perder… Temos contado com o olhar atento da Sara Afonso (dedu Sintra) que vai fazendo de espelho amigo do nosso desempenho ao longo das diferentes sessões.. Esta intervenção que envolve as turmas do agrupamento com alunos NEE, resulta de um trabalho continuado no aprofundamento pedagógico nesta área, promovido e apoiado pela divisão de educação da Câmara Municipal de Sintra.
Aqui ficam algumas imagens (pela objetiva do professor alberto Vale) do primeiro dia de oficinas
Aqui ficam algumas imagens (pela objetiva do professor alberto Vale) do primeiro dia de oficinas
Na 5ª Semana Temática da Deficiência - Setúbal
No dia 4 de Dezembro
rumei a Setúbal com Margarida Rodrigues para partilhar a nossa oficina “Com pés e cabeça” na “5ª Semana temática da deficiência” promovida pelo Município de
Setúbal. Encontrámos caras conhecidas (os nossos amigos do Helen Keller) e conhecemos
outros profissionais (muito experientes….) do campo da doença mental. Os
participantes aderiram sem reservas à nossa proposta e ficou a vontade de os
receber nas nossas oficinas do programa Descobrir. Fica aqui o convite aos
amigos da Associação de Saúde Mental Doutor Fernando Ilharco. Não se esqueçam
que em fevereiro temos o nosso curso: “Mediar públicos com necessidades educativas especiais”!
domingo, 10 de novembro de 2013
LabMóvel para as famílias este sábado 23 de novembro
Gera-se partilha
e comunicação nas nossas oficinas de sábado dedicadas às famílias especiais (“Sábadossom móvel”). Ambiente descontraído em torno da proposta que nos traz o artista
Simão Costa com o seu LABMÒVEL. Ao longo deste último ano, vimos utilizando
estas ferramentas de som digital com resultados animadores, sobretudo junto de
crianças autistas. A ligação entre imagem e som criado em tempo real provoca
uma surpresa criativa e envolve os participantes na proposta da sessão. Geramos
som de mãos dadas com a comunicação. Agora está aí um novo ciclo de sessões
sempre às 11h de sábado: 23 e 30 de novembro e 22 e 29 de março. Já estamos a
receber inscrições, ainda temos vaga para 3 famílias corajosas. Não se querem
juntar a nós?
Basta ligar para
Margarida Rodrigues e combinar tudo direitinho: 217 823 491
Ou pelo email: mcrodrigues@gulbenkian.pt Qualquer dúvida, também respondo diretamente
aqui, nas caixas de comentário.Do Programa:
O corpo e o som como elementos centrais do trabalho com a família
Oficina onde se propõe o convívio com a expressão sonora como forma de comunicação e afirmação da identidade. Jogos e conversas musicais, perceção do espaço e grafismo. Com recurso ao LAbMóvel. Nestes sábados exploraremos as potencialidades da oferta do serviço de música propondo a experimentação contemporânea e lúdica do som.
Um espaço de fruição da criação sonora dedicado à família alargada.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Novas proposta do Descobrir/Gulbenkian
Rosário Azevedo (Museu Gulbenkian) e Margarida Vieira (CAM)
durante a visita "A minha paisagem"
As oficinas e
visitas dedicadas a público com Necessidades Especiais estão de volta à
Fundação Gulbenkian, através do programa Descobrir. Este ano temos novidades
que expressam bem o trabalho de envolvimento dos diferentes setores educativos
da Fundação Gulbenkian: Para além de duas novas visitas no Museu Gulbenkian e
no Centro de Arte Moderna, a visita “O jardim acessível” promete levar os
visitantes especiais a um conhecimento mais profundo do jardim Gulbenkian e da arquitetura
envolvente. Para além de Margarida Vieira (Coordenação) a equipa conta agora
com Carlos Carrilho e Catarina Claro que se vão juntar a Rosário Azevedo (Museu
Gulbenkian), Miguel Horta e Simão Costa (Serviço de Música).
Como sempre em
setembro terão lugar as reuniões com as escolas e instituições de forma a
desenhar de forma aproximada a mediação dentro do Museu. Quem connosco trabalha
já sabe que as oficinas se esgotam antes da chegada de outubro. Podem consultar
o programa aqui.domingo, 9 de junho de 2013
Trabalhando com a diferença em Sintra
Ao longo deste
ano letivo teve lugar um conjunto de diferentes intervenções com crianças e
jovens com necessidades educativas especiais do Concelho de Sintra. Uma
iniciativa da divisão de educação da C. M. Sintra junto das unidades de ensino
especial do Concelho. Assim na EB 1 de Rio de Mouro realizámos algumas sessões
junto de crianças do espectro do autismo e não só, partilhando experiências e
tendo dar respostas às nossas perguntas através da introdução de novas
ferramentas. Na EB 2 de Rio de Mouro, escola de referência para alunos invisuais
e de baixa visão, desenvolvemos a oficina “caça texturas” numa perspetiva de
integração com o universo de todas as turmas da escola onde estas crianças
estão inseridas.
Caçando texturas na Biblioteca Escolar
Por fim, a última intervenção (aquela que começou mais tarde)
teve lugar no Agrupamento de Escolas de Fitares envolvendo alunos de diferentes
níveis de ensino, numa pluralidade de problemáticas e de níveis etários. Aqui,
o trabalho tem-se desenvolvido em torno da noção do EU (individualidade) em
paralelo com o conhecimento do esquema corporal, passando pelas emoções e
expressões do rosto. A ideia é construir sobre papel de cenário um “Cartão de
Cidadão” de corpo inteiro onde há lugar para o rosto (fotografia e desenho), O
corpo (com desenho da silhueta numa posição que revela os desejos de cada participante
para o seu futuro) e emoções (num trabalho em torno dos adjetivos que caracterizam
cada um dos alunos, lançando mão de algumas ferramentas digitais).
Escusado será
dizer que os objetivos individuais de cada criança ou jovem são estabelecidos
pelo professor que todos os dias trabalha com eles; embora se tente sempre ir
mais longe nas aquisições, elas são ditadas pelas características específicas
da criança/jovem. O espírito de pertença/grupo tem sido uma constante, como se
pode observar pelas fotografias captadas na última sessão no ginásio.
Mas somos bem
ambiciosos! No próximo ano letivo, pretendemos lançar a oficina “Eu sou tu”
numa perspetiva de integração, envolvendo professores e alunos das turmas que
acolhem os nossos meninos/as especiais.
Trabalhando com a diferença em Sintra post retirado de "Laredo"
domingo, 19 de maio de 2013
Intervenção em Fitares
http://miguel-horta.blogspot.pt/2012/03/oficinas-criativas-na-escola-professor.html
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
A possibilidade do Desenho
A cadela Fiona entra na sala. Os meninos e meninas afagam o meigo animal, comunicam com ela. Entre estas crianças, Armindo. Ele demora mais tempo nas festas que faz à bichinha: é cego, de nascença. Percorre com atenção lendo com os dedos e a palma da mão todos os detalhes do simpático animal. Demora-se um pouco mais nas unhas, tão diferentes das nossas; servem para escavar e são duras, resistentes. Sobe um pouco mais no pelo morno, sente a massa muscular das coxas, completa a ideia do volume. Na cabeça fica atento a todos os detalhes, tocando, …. A cadelinha não se queixa. Armindo vai criando dentro dele a imagem do canídeo. Elisa Gaspar, a professora, pede-lhe para fazer um desenho do que sentiu, viu. E é espantoso como aquele menino invisual vai desenhando a lápis sobre papel cebola (onde o traço fica registado um sulco táctil) a imagem que apreendeu da cadela, projetada no mesmo córtex dos meninos sem limitações.
Não consigo evitar todas as perguntas que venho fazendo sobre o Desenho que para mim, para além de traço e sombra é também sulco táctil, memória de matéria; o Desenho para além do rasto do pó da grafite ou do pigmento depositado. Falo da possibilidade e alcance do Desenho, dessa característica que o faz transcender os limites do suporte e da ferramenta, devendo a existência primeira à sua natureza conceptual que risca no cérebro uma direção, uma intenção.
Esta minha presença nas escolas, junto das unidades de ensino especial, tem-me feito crescer. E por terra vão ficando uma boa mão cheia de preconceitos, de braço dado com uma série de interrogações.
EB Rio de Mouro – unidade de referência -2013http://miguel-horta.blogspot.pt/
Não consigo evitar todas as perguntas que venho fazendo sobre o Desenho que para mim, para além de traço e sombra é também sulco táctil, memória de matéria; o Desenho para além do rasto do pó da grafite ou do pigmento depositado. Falo da possibilidade e alcance do Desenho, dessa característica que o faz transcender os limites do suporte e da ferramenta, devendo a existência primeira à sua natureza conceptual que risca no cérebro uma direção, uma intenção.
Esta minha presença nas escolas, junto das unidades de ensino especial, tem-me feito crescer. E por terra vão ficando uma boa mão cheia de preconceitos, de braço dado com uma série de interrogações.
EB Rio de Mouro – unidade de referência -2013http://miguel-horta.blogspot.pt/
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Programa do curso: Mediar públicos com necessidades educativas especiiais
Na origem deste curso que agora apresentamos, está a prática desenvolvida ao longo dos últimos anos pela equipa do Descobrir –Programa Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência responsável pelas propostas dedicadas aos públicos com necessidades educativas especiais. Um conceito transversal aos diferentes espaços museológicos e produções artísticas na Fundação Calouste Gulbenkian. Se é certo que esta prática de mediação nasce no interior de um Museu, ela acaba por interessar à escola e a outros agentes educativos. A educação artística, pela sua génese, contribui para a construção de outros caminhos na escola curricular, propondo formas de aprendizagem não formal em terrenos aparentemente formatados. Ao longo de 15 horas de formação certificada lançaremos o debate sobre a caracterização deste público específico, partilhando a experiência das diferentes oficinas do Descobrir, da música aos diversos espaços museológicos da Fundação Calouste Gulbenkian. Refletiremos sobre o perfil do monitor/educador de públicos com necessidades educativas especiais. Será dada uma atenção especial ao trabalho atual da escola pública nas suas unidades de ensino especial. Por fim, porque este curso tem um carácter muito prático, lançaremos o desafio para a criação de propostas específicas nos lugares educativos de origem dos formandos.
Desde 2006, que o Setor Educativo do Centro de Arte Moderna tem vindo a desenvolver um trabalho importante e continuado com populações portadoras de deficiência e/ou doença mental, numa lógica que pretende alargar acessibilidades, promover o museu enquanto espaço inclusivo e reforçar a ideia de uma educação artística como parte integrante da formação completa de qualquer indivíduo -um princípio que se prende com o direito de cidadania. Assim, ao longo destes anos tem sido desenvolvido um trabalho regular com públicos muito diferenciados nas necessidades, desafios e exigências, planificando e realizando um conjunto de oficinas criativas especializadas e diversificadas. Estas oficinas que partem da coleção e exposições para descobertas e conquistas pessoais destes visitantes complementam a experiência museológica com um trabalho oficinal. A capacidade questionadora da produção artística atual gera neste público respostas interiores e uma comunicação com evidentes reflexos terapêuticos. Agora, este conceito de origem foi alargado através do programa Descobrir, numa proposta transversal a todos os núcleos pedagógicos e artísticos existentes na Fundação Calouste Gulbenkian, organizados em quatro linhas de orientação – oCorpo, o Rosto, oTacto e a Paisagem que nos envolve - para maior assertividade na resposta a quem nos procura. Estes quatro grandes núcleos contêm diferentes propostas pedagógicas, desenvolvendo-se no Museu Calouste Gulbenkian, Centro de Arte Moderna e Serviço de Música em visitas e oficinas de educação artística, cruzando diferentes linguagens e materiais numa prática estimulante e especializada. Espaços de criatividade e fruição em diálogo constante com a produção dos artistas presentes na Fundação.
Oficinas
Com os olhos postos na escola
A escola pública viu-se obrigada a dar resposta a um universo cada vez mais vasto de solicitações educativas especiais. As unidades de ensino especial vão desenvolvendo o seu trabalho numa aparente sensação de isolamento; a interdisciplinaridade do trabalho artístico permite propor outras práticas na escola, ousando a mudança. Com a criação de agrupamentos escolares maiores, os profissionais de educação são cada vez mais confrontados com a presença de alunos com necessidades educativas especiais sem que as unidades de ensino especial tenham capacidade de formar docentes de forma efetiva no interior da escola de forma a dar resposta às solicitações emergentes. A variedade de situações em contexto educativo obriga a uma resposta imaginativa e assertiva na abordagem do processo educativo.
Aqui se insere a nossa proposta, apresentando um outro ponto de vista, numa abordagem não formal do processo educativo. Ainda, a convicção de que a relaçãoEscola –Museu traz benefícios mútuos, quer para os agentes educativos, quer para os educandos, num universo de propostas e partilhas fundamentais no mundo contemporâneo.Uma proposta transversalDesde 2006, que o Setor Educativo do Centro de Arte Moderna tem vindo a desenvolver um trabalho importante e continuado com populações portadoras de deficiência e/ou doença mental, numa lógica que pretende alargar acessibilidades, promover o museu enquanto espaço inclusivo e reforçar a ideia de uma educação artística como parte integrante da formação completa de qualquer indivíduo -um princípio que se prende com o direito de cidadania. Assim, ao longo destes anos tem sido desenvolvido um trabalho regular com públicos muito diferenciados nas necessidades, desafios e exigências, planificando e realizando um conjunto de oficinas criativas especializadas e diversificadas. Estas oficinas que partem da coleção e exposições para descobertas e conquistas pessoais destes visitantes complementam a experiência museológica com um trabalho oficinal. A capacidade questionadora da produção artística atual gera neste público respostas interiores e uma comunicação com evidentes reflexos terapêuticos. Agora, este conceito de origem foi alargado através do programa Descobrir, numa proposta transversal a todos os núcleos pedagógicos e artísticos existentes na Fundação Calouste Gulbenkian, organizados em quatro linhas de orientação – oCorpo, o Rosto, oTacto e a Paisagem que nos envolve - para maior assertividade na resposta a quem nos procura. Estes quatro grandes núcleos contêm diferentes propostas pedagógicas, desenvolvendo-se no Museu Calouste Gulbenkian, Centro de Arte Moderna e Serviço de Música em visitas e oficinas de educação artística, cruzando diferentes linguagens e materiais numa prática estimulante e especializada. Espaços de criatividade e fruição em diálogo constante com a produção dos artistas presentes na Fundação.
Oficinas
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Pequenos passos para a escola inclusiva
Quero dar-vos conta de um desafio que tenho abraçado ao longo deste ano letivo no agrupamento de escolas de Rio de Mouro, dando apoio a duas unidades de ensino especial, por iniciativa da divisão de educação da câmara de Sintra. Na EBEB 1/JI de Rio de Mouro n.º 2, escola de referência para crianças invisuais e de baixa visão, estamos a desenvolver um trabalho de integração com quatro turmas, juntando todas as crianças em grandes caçadas às texturas (“Caça-texturas”) partilhando a perceção do mundo nos seus diferentes modos de ver, tocando com os olhos e com as mãos. Um menino que não vê que imagem das coisas faz dentro da cabeça? O que é desenhar com as palavras? Quer dizer que, quando passo com o lápis de cera deitado no chão, é como se tivesse a passar a palma da mão? Há coisas que estão escondidas dos olhos...só os meninos que não vêm as conseguem ver com as mãos? São tantas as perguntas que fazemos para entender melhor o Outro...Tem sido muito interessante ver o entusiasmo das crianças descobrindo detalhes texturados escondidos ao primeiro olhar: pois existe uma diferença entre olhar e ver…
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