Os objetos tornam-se fantásticos,
não se fecham sobre a sua utilidade ou função,
permitem a maleabilidade e a reutilização criativa;
nas mãos de uma criança compõem-se
e recompõem-se num pleno jogo simbólico
Temos a tendência para considerar o Pop it como um brinquedo desinteressante, apenas mais uma moda fugaz abraçada pelas nossas crianças. Dizem que serve para “descontrair”, (sabe-se lá o que isto quer dizer) e encontram-se facilmente em qualquer loja Made in China; o que é certo é que o poderemos colocar no grupo de brinquedos sensoriais que podem ser úteis em diversas terapias. Mas um olhar atento pode revelar potencialidades escondidas, demonstradas pelas próprias crianças na apropriação livre dos objetos lúdicos. A partir deste ponto, também nós pais e educadores poderemos pensar outras possibilidades de brincadeira com o objeto e entender os fenómenos de desenvolvimento cognitivo que estão associados. Quando uma criança decide inventar um jogo a partir de um objeto ou criar regras novas para um jogo existente, está a desenvolver um pensamento construtivo, motor para novos raciocínios, descobertas, e autonomia intelectual. Também a defesa, a discussão e partilha de novas regras e novos jogos com os amigos, envolvem competências sociais geradas pelo processo de argumentação e negociação; depois, a experimentação da novidade, se for boa, ou seja, divertida, é adotada por todos/as com grande prazer e alegria.
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